Comecei escrever por que estava loucamente apaixonada, mas escrevi também desiludida, já escrevi bêbada e sóbria, escrevi com medo e com segurança, na certeza e na dúvida.
Coloquei sempre na escrito o que precisava drenar, mas confesso escrevi também retendo sentimentos e palavras.
Escrevi no escuro e em dia ensolarado, cansada e relaxada. E mais, escrevi chorando e rindo, escrevi amando e odiando.
Só escrevi para enviar um recado, lançar uma garrafa no mar, um sinal de fumaça no ar...
Estava esquecendo, mas já escrevi na areia e no papel, digitei alguns textos e outros não tive coragem para editar.
Escrevo todo dia, hoje é o texto de número 363, sei que o dia que partir, existira o meu ultimo texto... não esqueça que escrevo porque você existe, o ontem me fez escrever no hoje
Escrevo na chegada e escrevo na partida, as vezes as linhas são agoniadas, aflitas, atormentadas, nas também escrevo muito na serenidade.
Já escrevi usando antônimos e sinônimos, sentido figurado, de forma concreta e abstrata.
Na noite supliquei para que minhas inspirações nunca partissem, pois há mitos que um bom poeta precisa da dor para escrever ... mas eu escrevo no amor, evito sofrimento, não gosto de métodos evasivos ... mas, ainda que me tirasse as mãos continuaria escrevendo com o coração.
Hoje escrevo olhando pro mar, observando a onda que humildemente se quebra aos meus pés, porque conheço a verdade e sei que coincidências são milagres anônimos.(Vibender)